sexta-feira, 9 de maio de 2008

ARTIGO - Qual a importância do Líder para a “sua” equipe?

Quando ouço as pessoas falando sobre liderança, confesso que fico em dúvida quanto ao meu entendimento sobre as suas reais intenções. Pelo que percebo, na maioria das vezes, este termo é utilizado ou para definir o “cargo” de alguém ou ainda para sintetizar uma série de informações e conceitos que, ao meu ver, pelo contrário, deveriam ser mais detalhados. Mas, a minha proposta neste momento não é a de estudar ou criticar as várias formas com que as pessoas vêm trabalhando esta questão. Eu gostaria de abordar a liderança eficaz, àquela que tem propósito, que efetivamente faz a diferença desde o início de qualquer projeto, que efetivamente cotribui, apóia e mostra os caminhos corretos que devem ser percorridos durante a sua evolução e que tenha a capacidade de concluir estes projetos da forma como foram planejados, ou seja: dentro dos prazos e dos orçamentos previstos e principalmente com os objetivos realizados.

A liderança que defendo, para muitos é utópica, mas posso garantir que este conceito é possível de ser praticado no dia-a-dia, em qualquer ambiente, não importando o tipo de negócio, o tamanho da empresa ou da equipe, nem mesmo o nível cultural das pessoas que formam essa equipe. Porém, para que se tenha sucesso na formação desta equipe, é fundamental que haja uma conscientização sobre a importância de se desenvolver, nas pessoas, conhecimentos e habilidades essenciais para se tornarem “integrantes da equipe”, seja como líder ou como liderado.

Um dos fatores fundamentais que dão à equipe escolar uma grande vantagem competitiva é o fato de a mesma ter todos os seus colaboradores não apenas preparados para assumirem as suas funções, mas, principalmente, também adotando comportamentos de líderes, independentemente de exercerem funções de chefia na instituição. Outro fator que também contribui para o fortalecimento da equipe é o conhecimento que todos devem ter sobre o papel que o líder deve desempenhar, assim, passam a entender melhor as razões pelas quais muitas decisões são tomadas por parte de seus superiores hierárquicos. Desta forma, um dos primeiros paradigmas que proponho que sejam revistos, a esta altura, é o de que o assunto liderança deva ser tratado apenas com “chefes”, muito pelo contrário, acredito que quanto mais o disseminarmos dentro da escola, entre as pessoas que nela trabalham, mais estas estarão preparadas para serem promovidas a cargos hierárquicos superiores e a assumirem novas responsabilidades, ou seja, estarão realmente mais aptas a tomarem suas decisões com maior assertividade.

No entanto, queremos que fique muito claro que a liderança não é uma posição hierárquica, um cargo que a instituição possa delegar a alguém. Liderança é uma condição que alguém deve conquistar no seu ambiente de trabalho. Porém, para que esta pessoa seja bem sucedida, neste desafio, é fundamental que ela tenha claro para si, repostas a questões como: “O que é liderar?”, “Como o líder deve se relacionar com seus liderados?”, “O líder pode mandar?”, “Como tratar pessoas que não querem ser lideradas?”, “Qual o melhor modelo de liderança?”, “Como formar uma equipe de trabalho?”, entre muitas outras. Estas são algumas das quais nós convivemos no dia-a-dia, porém, se queremos nos tornar líderes, certamente teremos que trabalhar para eliminá-las do nosso cotidiano. O líder é a pessoa que trabalha com foco no resultado e na satisfação das pessoas da sua equipe. Ele, como o chefe, precisa garantir que os resultados sejam satisfatórios para a empresa, mas, diferentemente do chefe, ele faz questão que estes resultados sejam alcançados com a satisfação e alegria de todos os integrantes da sua equipe.

Outra distorção que normalmente encontramos nas empresas é quanto à formação de uma equipe de trabalho. Contratar pessoas e as colocar para trabalharem juntas num ambiente ou num mesmo projeto, não quer dizer que sejam uma equipe, mas um grupo de trabalho. Para que possamos transformar este grupo em uma equipe é fundamental que tenhamos tempo, para conhecer as pessoas, seus pontos fortes e os pontos que devam ser melhorados em cada um. Na verdade, construir uma equipe é, antes de tudo, construir um relacionamento sólido, baseado em sinceridade e transparência entre todos os integrantes desta equipe.

Portanto, não basta apenas coragem ou mesmo competência técnica para assumirmos uma nova responsabilidade. Para garantirmos a satisfação dos envolvidos com os resultados gerados por nós, é fundamental que tenhamos na nossa bagagem, como complemento, os comportamentos de um líder, seja qual for a nossa área de atuação, médicos, advogados, engenheiros, administradores, publicitários, etc., evitando assim que estejamos envolvidos em situações semelhantes às que relatamos a seguir: “a idéia era fantástica, não sei porque não conseguimos realizá-la...”, “se tivéssemos tido mais colaboração ...”, “se as pessoas não tivessem nos boicotado ...”, “se tivéssemos percebido antes ...”. Enfim, o que podemos afirmar com certeza é que faltou um líder neste processo, alguém que conseguisse envolver as pessoas, trazê-las para o projeto, comprometê-las com o resultado.

Nesse momento, podemos até nos perguntar, de maneira bastante simples e direta: porque é importante para uma escola ter líderes? A reposta, também simples e direta seria a seguinte: o que coloca a instituição em condições de se tornar e, principalmente de se manter líder no seu segmento de negócio, são os líderes que ela possui no seu quadro de colaboradores. São eles que têm as condições adequadas para movimentar toda a estrutura do estabelecimento de ensino e principalmente, a partir da qualidade dos recursos humanos, manter a escola na direção dos objetivos que tenha traçado para si.

Sendo assim, a minha conclusão sobre a importância de líderes nas equipes educacionais é que sempre que tivermos um à frente de um projeto, os resultados serão alcançados de maneira mais produtiva e as pessoas envolvidas serão mais alegres e, certamente, profissionais mais qualificados, tornado deste modo à escola mais preparada para superar a competitividade que o mercado hoje apresenta de forma muito acirrada.

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